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13 de abril de 2010

Live your life, you have just one shoot

Até então, eu não tinha noção desse destino, do fim enterrado, do diário acabado, pof pra uns, puf pra outros, mas eu simplesmente chamo de morte.

Sempre fui apegado aos porques, questionando o valor real das ações na expectativa banal e profetizada por outros de mim de que existia um espaço nesse mundo para mim e que através de meu esforço eu iria conquista-lo. Esse mundo não tem espaço pra ninguém, ele é tudo, ele é nada, uma rocha que flutua no espaço, uma deusa adormecida, esse mundo já é seu, um papel em branco, a possibilidade unica e real para todo o restante que o universo nos possibilita...

Ok, isso aconteceu a um tempo atrás, na verdade a um bom tempo atrás, mas é impressionante como algumas coisas só se encaixam depois, como uma placa tectônica que lentamente escorrega, encaixando-se ou desencaixando-se (parte natural do processo) levantando ou sugando tudo até que, quando toda aquele alvoroço passa, você finalmente consegue vislumbrar...... hmmmmmm acho que me perdi aqui.

Pois bem, vamos ao Kaboooommmmmmmm

Acontece que percebi-me novo, portas abertas, novos prazeres, novos sabores... e então eu percebi o quanto eu havia permitido me encarcerar, delimitar parcelas de mim, criar fronteiras e limites. Ao perceber isso, eu me dei conta de que podia desfaze-los (os limites, as fronteiras, o encarceramento) e frente ao esperado natural simulado eu corrompi todos meus dados e o simulacro se perdeu. Conscientizei-me do espaço e lapso que existe dentro de cada um de nós, no momento em que um paradigma se vai e o momento de inserir outro, foi nesse miolo, nesse pequenino buraco, que eu me enfiei e veja só, acabei por alcançar uma fonte........... e então.....

Libertei-me. Assim, não apenas dos dizeres alheios, dos deveres que não me pertencem, eu também, me libertei de mim, me desvencilhei dos medos e subitamente maravilhado me deparei com o temor real, o desconhecido novamente sobre meus pés e ao invés de fugir escolhi o devorar, me mesclar a ele e deixar de ser apenas eu.....e no momento em que me perdi.... na verdade me percebi como parte de algo maior.... neste mundo que por direito é meu (pois eu também sou ele), eu com esse tempo que me foi dado, irei agora

Experimenta-lo..... sem dó nem piedade, amém.

1 comentários:

Vinícius Rocha Zocolotti disse...

é digno morrer e ainda permanecer vivo, um processo de auto-assassinato, suicídio consciente para um renascer consciente.
É bom não ter "dó" de desmembrar o próprio corpo para recolocar partes saudáveis, pois o renascimento psiquico é mais provável que o bíblico.